São Daniel Comboni

Rumo à África

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«Aquele que desceu é também O que subiu acima de todos os céus para encher o universo» (Ef 4, 7-17). Ao passar pela terra, Jesus deixa sementinhas do reino dos Céus, por Ele inaugurado, em todas as suas palavras e ações. È o Seu Espírito de Liberdade que continua a fecundar a terra da nossa frágil humanidade fazendo germinar os Carismas (dons) segundo as necessidades emergentes em todos os tempos e lugares, onde vivem os seres humanos, amados desde sempre e destinados á Vida Eterna com Ele.

Daniel Comboni,  parte para a África a 6 de Setembro de 1857, como membro da primeira expedição missionária do colégio de D. Mazza; a mãe dá-lhe a sua bênção dizendo: Vai, Daniel, e que o Senhor te abençoe. Não podia, esse filho único, imaginar que estas eram as últimas preciosas palavras de sua mãe.

Durante a sua estada no Egipto, aproveita a ocasião para visitar a Terra Santa (29 de Setembro- a 16 de Outubro de 1857).  Depois de uma longa e penosa navegação pelo Nilo, chegam, a 14 de Fevereiro de 1858, á estação missionária de Santa Cruz, no coração da África, onde Comboni vive com intensa participação este primeiro encontro com a África negra. Neste período de permanência em Santa Cruz, morrem alguns dos seus companheiros entre os quais o chefe da expedição missionária, Pe. Oliboni que, consciente de que tinha chegado a sua última hora, dirige o olhar exatamente para Daniel, o mais novo do grupo, fixa-o intensamente nos olhos e martelando as palavras diz: «Ainda que um só de vós sobrevivesse, não perca a fé, Deus quer a salvação da África». Comboni, ao ver a situação de abandono daquele continente compromete o seu coração para sempre: Levar o Evangelho até ao coração da África, caracterizada pela miséria e pelo comércio de escravos tornou-se a sua grande paixão que o levou a consagrar toda a sua vida à Evangelização do Continente Africano. No mês de Abril febres intermitentes e dissentarias tropicais levam-no às portas da morte.

A vocação missionária manifesta-se como uma inquietação feliz  e ao mesmo tempo assustadora, terrificante,   como que empurrados pela mão de Deus para uma missão, tão sublime e atraente mas ao mesmo tempo impossível que somente nos espaços da caridade de um Deus sacrificado por amor encontra a sua compreensão e realização.

poema

Comboni con arco iris

Da cruz vem a Luz